Poucos filmes despertaram o terror em mim, depois de adulto, como “Alien”. E poucos jogos me fizeram passar tanta raiva e ficar tão tenso quanto “Alien Isolation”. Foram dois grandes marcos em minha vida. Nunca senti tanto cagaço medo.
Nunca escondi o amor pela franquia Alien, até mesmo o “Ressurrection” que é bem fraquinho tem um lugarzinho especial, abaixo dos demais, em meu coração. Há algum tempo tinha uma dúvida sobre qual era o mais querido, sempre ficava dividido entre James Cameron e Ridley Scott. São dois gêneros diferentes dentro de uma mesma franquia, um encaixa-se no esquema “Survivor Horror” enquanto o outro classifica-se mais como um filme de “Ação”. É bom pensar que somos todos agraciados em termos os dois.
Repare que usei o termo “Survivor Horror” muito comum em games. Pois é, foi o “Alien Isolation” que me fez gostar ainda mais do filme de Ridley Scott. E de quebra, eu passei a gostar ainda mais de “Prometheus” (bacaninha, nada muito além disso, antes eu considerava um total fracasso).
Além de ter uma pegada bem ficção científica que eu adoro, o primeiro filme da franquia retrata um quadro de sobrevivência em um futuro muito inóspito. Todas aquelas luzes que na década de 70 simbolizavam os aparelhos eletrônicos futuristas causam um enorme fascínio em minha pessoa. Gosto de ver as luzes piscando. Tudo bem que na época em que foi encenada a película aquele era o imaginário de como seria um possível futuro. Hoje eu classifico o cenário de Alien como um “futuro retrô”. Um futuro de uma linha do tempo onde o presente ainda se passa na década de 70. Ressalto esse ponto pois, é aqui onde começa o erro de “Prometheus”. A história de Prometheus se passa antes do primeiro filme da franquia, no entanto, a tecnologia deste está bem mais avançada do que em “Alien”. Onde estão as luzinhas e os computadores no modo DOS? Tem um ar futurista que não combina com a franquia.
Pois é, a não ser que a tecnologia do universo de Alien tenha regredido, o que duvido muito, foi um puta erro de Ridley Scott. E olha que foi ele quem dirigiu o primeiro filme da franquia.
Aonde “Prometheus” fracassou miseravelmente o jogo triunfou.
“Alien Isolation” acertou em cheio na ambientação e em meu coração. O jogo se passa 15 anos após os acontecimentos do primeiro filme e traz Amanda Ripley como protagonista. A jovem vai até Sevastopol na tentativa de encontrar o corpo da sua mãe, a Tenente Ripley (interpretada por Sigourney Weaver), que se perdeu pelo espaço. Se trata de uma continuação do filme de 1979 e traz a mesma pegada. Não se trata de um jogo de ação como os demais, mas sim um jogo de sobrevivência. Não adianta tentar sair por aí para encontrar o Alien. Matá-lo, é simplesmente impossível, a única chance é fugir para sobreviver.
O clima de tensão é o mesmo, mas o jogo acaba tornando a experiência muito pior (ou melhor dependendo do ponto de vista) pelo fato de você controlar a personagem. Essa é uma grande vantagem dos games em relação aos filmes, diga-se de passagem. É muito mais fácil assistir a um filme de terror do que jogar um jogo do mesmo gênero. O fato de controlar a personagem, em primeira pessoa ainda por cima, torna a imersão muito maior. Não dá simplesmente para fechar os olhos, ou virar a cara para o outro lado, durante um jogo de horror.
A ambientação de “Alien Isolation” é simplesmente fantástica. Os programadores utilizaram o mesmo cenário da nave “Nostromo” do primeiro filme. Tudo bem que a nave explodiu no filme, mas a desculpa dos produtores para usa-lá é que a nave “Sevastopol” era da mesma linha da “Nostromo”, por isso são iguais, o mesmo padrão. Você acaba passando pelos mesmos corredores que Sigourney Weaver, e até mesmo visitando os mesmos cenários. Outro ponto forte dentro da ambientação é a trilha sonora, a mesma do clássico de Scott. De arrepiar os cabelos da nuca
É um jogo onde você não pode ficar muito encanado com morte. Você vai morrer várias vezes e ponto final. Ele não facilita a vida do jogador. Uma simples corrida em determinados momentos pode causar a aparição do Alien e uma consequente morte. Cansei de contar quantas vezes estava andando pelos corredores e encontrei um “abraçador” (aqueles que parecem a palma de uma mão). Cochilou, o cachimbo caiu.
Tanto o jogo quanto o filme são experiências que se completam, e enriquecem ainda mais o fascinante universo de Alien. Essa mistura de ficção cientifica com horror espacial é uma das melhores coisas que já foram feitas no universo cinematográfico.
“…No espaço, ninguém pode ouvir você gritar…”
Respostas de 3
Oie, apesar de super amar sua escrita nunca assisti os filmes de aliens, e nem pretendo porque não gosto de sentir medinho, mas confesso seu jeito de escrever sobre isso super me encanta! Aos que gostam, ótimo post!
Beijão, http://www.desapegaadri.com
Olha, eu confesso que já fui muito apaixonada por filmes/jogos de terror, mas desde que eu comecei a morar com meu namorado eu não curto tanto. Fico com medo de ver filme de terror em casa, porque acho que os espíritos vão ficar ali (a louca) imagina jogar um jogo assim, minha única habilidade seria morrer hasuhsu
Sabe aquele jogo da spooky (acho que é assim que se escreve) aquele dos mil quartos… então, eu quase morria de susto com ele, se eu jogo esse jogo eu vou parar na UTI hsuahuhsd
Mas gostei da trama, depois vou falar pro meu namorado, que adora jogos…
http://www.pinkisnotrose.com/
Tenho pavor desse tipo de filme. Eu tentei assistir The Walking dead e não deu.
Sou medrosa mesmo. rs
Jogar? Nem pensar. Sem chance. No máximo Plants vs Zombies. rs
https://fluxoconstante2.wordpress.com/